De Lagos

Mais uma edição do Mundo Mix que passou, desta vez em Lagos, terra de calor e [alguma] gente simpática [com a excepção óbvia para motoristas de táxi maldipostos e de mal com a vida que só são simpáticos para pessoas louras, de olhos azuis e com sotaque estrangeiro, de preferência inglês…]

Depois de uma noite a trabalhar até às 4 e muito da madrugada, saímos de Lisboa no comboio das 8h51 carregadas de malas, sacos, mochilas, tralhas e cestas. Quem se cruzou por nós no caminho, ficou com a impressão de que iamos para 2 meses, mas na verdade apenas lá ficamos 3 noites…

Chegamos a Lagos no dia 1 por volta da hora de almoço, dirigimo-nos à pensão para descarregar e mudar de roupa e fomos almoçar. Depois do almoço, sobrou-nos tempo para passear pelo centro de Lagos e ficar a conhecer o espaço do Jardim da Constituição, entre as muralhas do Castelo e a Fortaleza à beira mar.
Quando lá chegamos, ainda havia algum trabalho a ser feito, as tendas grandes ainda estavam a ser montadas, e as ligações eléctricas estavam a caminho de estarem prontas.
De regresso à pensão, para mim não houve jantar, de tão cansada que estava da noite anterior e foi só o tempo de mudar de roupa e adormecer por volta das 8 da noite para acordar no dia seguinte, 1º dia do evento, cheia de energia e boa disposição.

Dia 2 de Agosto, 1º dia do evento:

Chegamos cedo a contar que a nossa boleia das bancas e resto das tralhas estivesse a chegar. Quando chegamos à nossa tenda, apenas o Joaquim nos esperava, já com os seus trabalhos em pasta de papel prontos e com a sua banca montada, escondido nos confins da nossa [enorme!!!] tenda.
Ainda antes da hora do almoço, já havia quem stressasse e quem já pensasse em nem sequer aparecer, mesmo depois de um compromisso assumido com os outro 4 que já tinhamos pago a tenda. Telefonemas para aqui, telefonemas para ali, as bancas que tardam em chegar, mas no final vieram todos e as bancas também.

Foi almoçar o mais rapidamente possível e começar a montar tudo, já tarde, e sofrer com o calor, muito calor que se fazia sentir dentro da tenda e fora dela.
Às 5 da tarde, hora de início do evento, estavamos prontos, com um ou outro retoque que se vai dando sempre mesmo quando achamos que já tudo está pronto.

O que nos ajudou a combater o calor, para além de abrirmos a tenda na totalidade [ou morriamos de calor lá dentro!!!], foi o chá gelado que a Lipton, como patrocinadora do evento, nos oferecia sempre que iamos ao lounge. E uma das vantagens de se ser expositor é ter direito a copos mais cheios que o público em geral 😉

Chá verde, vermelho ou branco, era a escolher. E chá quente também! E se é verdade que o chá quente parece não ser o mais indicado para os dias de calor, há que dar razão ao povo do deserto que na hora de maior calor bebe chá de menta, quente. Em Lagos tive a oportunidade de experimentar o novo chá de menta e especiarias que mata a sede e abranda o calor e que, para quem gosta de chá como eu, recomendo vivamente.

À noite, o fluxo de público aumentou significativamente, o que é normal para um local de praia em que durante o dia se trabalha para o bronze e à noite se passeia.
O ambiente do evento, sempre de festa, foi 5 estrelas. Com concertos e DJ’s [se bem que aqui ainda me custa a “engolir” como é que um certo DJ lá estava como sendo vencedor do Sapo DJ’s, mas isto é a minha opinião…], sapos a cirandar de um lado para o outro a tirar fotos com quem passava e boa disposição, muita, apesar do já evidente cansaço acumulado de muitos de nós.

Dia 3 de Agosto, 2º dia do evento:

Ao meio dia em ponto, chegamos ao Jardim, a pensar que já muitas tendas e stands estivessem abertas, mesmo que o evento só tivesse início oficialmente às 5 da tarde. Mas, afinal, fomos os 1ºs a chegar e a abrir a tenda.

Como é normal, o público era bem menor do que no dia anterior, era demasiado cedo e o calor estava a atacar forte, mas valeu a pena começar o dia mais cedo 😉

Foi um dia praticamente igual ao anterior, com stresses como sempre, com alguns mal entendidos, mas sempre com boa disposição. E quando essa por algum motivo se ia embora, rapidamente voltava.

Na última noite o público aderiu bastante, e uma coisa que todos notamos foi que toda a gente achava que o evento deveria durar mais dias…não sei se o cansaço acumulado me permitiria permanecer lá por muitos mais dias, mas fica a ideia no ar.

No sábado, ao contrário do que eu tinha planeado inicialmente, foi dia de regressar a casa, felizmente com menos sacos, menos cestas e menos tralhas para transportar, o que acabou por tornar a nossa viagem de volta mais fácil.

No final, o balanço foi positivo, e as lições várias. Agora, a próxima participação no Mundo Mix será já no último fim de semana de Setembro, em Cascais, no Forte da Cidadela 😉

Apesar de cansada, no Domingo e completamente em cima da hora, decidi ir à Feira da Estrela, onde já não ia desde a altura da FIA por incompatibilidade de datas e horários.
E também aqui as cestas foram passear e poucas voltaram para casa.

O dia amanheceu um pouco cinzento, mas pelo menos amanheceu mais fresco e mais convidativo a um passeio no Jardim. E, apesar de muito cansada dos dias anteriores, não me arrependo do esticão que foi ir até à Estrela. Volto lá no dia 26 deste mês.

[foto da organização]

Entretanto, e apesar de estar de férias, o trabalho por cá não pára. Depois do Mundo Mix e da Estrela, fiquei literalmente sem stock e das 20 pirâmides que fiz antes de ir para o Mundo Mix, nenhuma me sobrou e já vou na 2ª “fornada”.

Felizmente, as encomendas de cestas, pirâmides, malas e almofadas de amamentação não páram de chegar e assim ocupo estes dias em que ainda não vou para a praia a fazer alguma coisa que me dá muito gozo.

Por isso, vou ali regressar à máquina da costura e já volto 😉

[Mais fotos do Mundo Mix aqui.